Como ser bom e ao mesmo tempo sobreviver no mundo competitivo em que vivemos? Essa é a questão levantada pelo dramaturgo alemão Bertolt Brecht na peça “A Alma Boa De Setsuan”.
A peça escrita em 1941 é uma parábola que fala como é difícil ser cruel, ainda que a bondade e a generosidade sejam o estado natural do homem.
A história é ambientada na China e fala sobre três Deuses que descem a Terra à procura de pelo menos uma alma boa. Eles encontram a prostituta Chen Tê, que lhes dá guarita por uma noite.Na manhã seguinte, concluem ser ela a alma boa que tanto procuravam e resolvem lhe pagar pela hospedagem. O dinheiro é suficiente para Chen Tê abrir uma tabacaria e mudar de vida.
Dona de seu próprio negócio, Chen Tê começa a ver os miseráveis da cidade abusarem de sua imensa generosidade. Sem conseguir dizer não, resolve vestir a máscara do mau. Traveste-se de uma figura masculina, seu primo Chuí Ta, que teria vindo de longe para temporariamente tomar conta de seu negócio e poder dizer não a quem a absorve.A partir daí, somente o suposto primo aparece e comanda, isso faz com que um boato cresça em Setsuan em torno do desaparecimento de Chen Te. Os moradores especulam que Chuí Ta teria seqüestrado a própria prima para ficar com suas riquezas, e por isso, ele será julgado.
A Alma Boa de Setsuan, em 1958, é o primeiro contato do Brasil em âmbito profissional com as revolucionárias idéias estéticas brechtianas.
Em breve falaremos mais sobre esse autor alemão que fala tão docemente sobre as questões políticas sociais do mundo.
A peça está em cartaz atualmente no teatro Tuca ,até 29 de novembro de 2009, todos os sábados ás 21h30 e domingos as 19h,
Ficha Técnica
Direção: Marco Antônio Braz
Assistente de direção: Ana Paula Nero
Adaptação: Marco António Braz e Marcos Cesana
Elenco: Denise Fraga, Ary França, Cláudia Mello, Joelson Medeiros, Kiko Marques, Fábio Herford, Jacqueline Obrigon, Marcos Cesana, Virgínia Buckowski, Maristela Chelala e João Bresser.
Cenografia/Direção de Arte: Márcio Medina
Trilha Sonora: Théo Werneck
Iluminador: Wagner Freire
Figurinista: Verónica Julian
Visagista: Emi Sato
Direção de Produção: Fernando Cardoso e Roberto Monteiro
Por: Bruna Carvalho